domingo, setembro 10, 2006

“As melhores núpcias são aquelas em que você realiza consigo mesmo”


Ontem numa roda de conversa, um amigo disse isso e fiquei pensando nisso:

Quando estamos nos relacionando, temos dificuldade em reconhecer que a relação acabou faz tempo. Ficamos ali, investindo tempo (físico e emocional) numa relação mal-sucedida, relutando em pôr um ponto final. Insistimos em nos martirizar, nos iludimos achando que ainda pode dar certo. É um desgaste total. Tudo isso por causa do medo desconhecido. Por que relutamos tanto em recomeçar e mudar?
Quando solteiros damos vazão à carência (essa é danada!) A atitude depende da fase em que estamos:
Fase da procura insana – desesperadamente, imploramos por afeto e ficamos com as pessoas sem estabelecer muitos critérios. Estamos abertos por que der e vier.
Fase da calmaria – “cansados de dar com os “burros n” água” selecionamos melhor nossos parceiros.

E no meio da procura ou da calmaria, às vezes somos “mordidos pelo bichinho” da carência. Questionamos e reclamamos para Deus, para os amigos: por que não tenho alguém? Fica pior quando olhamos para o lado. Se dermos muita vazão a isso, nossa auto-estima vai pro “brejo”.
Devo confessar que é bem autobiográfico o que estou escrevendo. E, cansada de por estas idas e vindas, resolvi investir em mim mesma. Por que ficar esperando por alguém? Nessa espera, corre-se o risco de deixar de viver. Olhando para trás, vejo que muitas vezes deleguei ao outro a responsabilidade de me fazer feliz.
Em vez de esperar e/ou lamentar por que não canalizamos isso de outras maneiras? O afeto é fundamental em nossas vidas. Mas enquanto mulher, creio que estamos uma importância demasiada a casamento. Uma perguntinha que sempre me fiz:

Quando solteiros as pessoas querem por que querem ter alguém. Mas por que será que essas pessoas não felizes quando estão com alguém?

E tenho outra pergunta crucial:

Por que não posso ser feliz sozinha?

Posso vivenciar o afeto de outras maneiras: cuidando de mim mesma, cultivando os amigos, aproveitando os bons momentos vividos em família, ou seja, curtindo a vida nos preciosos momentos em que ela oferece (independente de estar sozinha).
E tem uma coisa maravilhosa que o estar sozinho proporciona: descobrir o que quero para minha vida, afinal sou responsável por ela! E às vezes, o nosso querer verdadeiro não tem nada a ver com relacionamento... Mas isso já é outra conversa...

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Marcela, muito interessante suas reflexões, todos nós professores e futuros professores temos algumas angústias,dúvidas, sugestões, boas idéias que precisam ser compartilhadas, para através deste processo melhorarmos a qualidade da educação. Também tenho um blog, quando tiver um tempinho, faça uma visita por lá. Vou colocar o nome do seu lá. Abraços Andréa. Estou visitando os outros blogs da escola, deixarei lá meus comentários
http://artedeensinar.weblogger.com.br

Fábio Silva disse...

Oi Marcela, obrigado pelo carinho. Seu blog também é muito interessante, de muita sensibilidade e poesia...
Sou novo no grupo, mas já me sinto muito satisfeito de estar conhecendo pessoas deveras interessantes, e que falam de educação com tanto respeito. Em breve estarei colocando no meu Blog uma seção sobre blogs educativos, e colocarei um link para seu blog, entre outros... Grande abraço...

Anônimo disse...

Esse post tem muito a ver com algumas coisas que estive sentindo ao longo desse tempo...
Já cansei de esperar por alguém que nem sei se vai vir, e estou vivendo minha vida, esperando o tempo passar, curtindo minha faculdade.
É certo que não faço nada de tão bom assim, mas acho que é bom estar sozinha. Antes só do que mal acompanhada, não é?!
Que o tempo passe...e que eu mude minha aparência e meu modo de pensar...o cara certo vai aparecer.Pra todas nós.

Bjos da sua prima!!!Vou estar sempre aqui.

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